O dicionário de Hotelaria e Turismo é um post que será permanentemente atualizado em partes.
É uma referência às pessoas que já conhecem os termos ou um esclarecimento para os que desejam aprender. Aproveitem de todas as formas e não deixem de divulgar.
ALFABETO FONÉTICO
Comunicar-se bem e de forma que os outros te entendam é fundamental. Lembre-se que neste ramo, lidamos com pessoas de várias nacionalidades. O alfabeto fonético da OTAN é a base para que você se faça entender em algumas situações, principalmente ao telefone, e é bem compreendido de forma geral.
Abaixo, listo a forma internacional e padronizada adotada para soletrar (ou "codificar", "cantar em código", etc)
Mais curiosidades sobre este alfabeto em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_da_OTAN
Abs à todos!
domingo, 31 de janeiro de 2010
sábado, 30 de janeiro de 2010
Ganho Real
Poucos param pra pensar e sabem o que responder...
Então vai a pergunta: o que te gratifica na sua profissão?
Você chega, bate seu cartão e cumpre com sua rotina. Talvez organize aqueles papéis na sua mesa bagunçada e faça aquele relatório de produtividade que seu chefe vive te cobrando. Fale com clientes e resolva alguns problemas. Venda e ganhe sua comissão ou, quem sabe, vá àquela audiência e ganhe a causa para seu cliente.
Mas tudo isso, talvez não ative aquele sentimento de satisfação de trabalho mais que bem feito. Você simplesmente faz porque é sua função e/ou porque ganha pra isso.
É do trabalho que tiramos nosso sustento.
Talvez um biólogo ou um veterinário possam dizer que ficam felizes ao ajudar o meio ambiente ou salvar aquele aminal da morte certa, sei lá...
Mas a maioria das profissões não te dá prazer (a mesmo que você seja ator ou atriz pornô!).
Acho que a hotelaria te seduz em alguns momentos em que esta profissão tem a capacidade de te proporcionar situações inesquecíveis, experiências válidas como aprendizado para uma vida inteira.
Atender bem, ver que uma pessoa depende do seu bom serviço para se sentir bem em um ambiente que não lhe é familiar é, por algumas vezes, muito gratificante mesmo.
Nós, hoteleiros, somos babás de hóspedes. Suprimos suas necessidades primárias.
Cuidamos para que estes não caiam nas armadilhas da Cidade Maravilhosa, que encontrem o caminho para se desligarem dos seus mundos cheios de rotinas, não metam o dedo na tomada ou não tomem aquele taxi bandalha que o levará pelo "melhor caminho".
Ou que sintam-se a vontade para chamar aquele quarto não tão grande de "minha casa fora de casa" quando, à trabalho, precisam descansar para trabalhar de novo no outro dia.
Não só suas férias, mas o trabalho de muitos profissionais, estão ligados à hotelaria.
Não vão faltar oportunidades para falarmos disso e espero que sugiram o que gostariam de ver por aqui.
Visitem quando quiserem, divulguem se puderem e sigam o blog clicando no botão aí ao lado.
Abs à todos.
Então vai a pergunta: o que te gratifica na sua profissão?
Você chega, bate seu cartão e cumpre com sua rotina. Talvez organize aqueles papéis na sua mesa bagunçada e faça aquele relatório de produtividade que seu chefe vive te cobrando. Fale com clientes e resolva alguns problemas. Venda e ganhe sua comissão ou, quem sabe, vá àquela audiência e ganhe a causa para seu cliente.
Mas tudo isso, talvez não ative aquele sentimento de satisfação de trabalho mais que bem feito. Você simplesmente faz porque é sua função e/ou porque ganha pra isso.
É do trabalho que tiramos nosso sustento.
Talvez um biólogo ou um veterinário possam dizer que ficam felizes ao ajudar o meio ambiente ou salvar aquele aminal da morte certa, sei lá...
Mas a maioria das profissões não te dá prazer (a mesmo que você seja ator ou atriz pornô!).
Acho que a hotelaria te seduz em alguns momentos em que esta profissão tem a capacidade de te proporcionar situações inesquecíveis, experiências válidas como aprendizado para uma vida inteira.
Atender bem, ver que uma pessoa depende do seu bom serviço para se sentir bem em um ambiente que não lhe é familiar é, por algumas vezes, muito gratificante mesmo.
Nós, hoteleiros, somos babás de hóspedes. Suprimos suas necessidades primárias.
Cuidamos para que estes não caiam nas armadilhas da Cidade Maravilhosa, que encontrem o caminho para se desligarem dos seus mundos cheios de rotinas, não metam o dedo na tomada ou não tomem aquele taxi bandalha que o levará pelo "melhor caminho".
Ou que sintam-se a vontade para chamar aquele quarto não tão grande de "minha casa fora de casa" quando, à trabalho, precisam descansar para trabalhar de novo no outro dia.
Não só suas férias, mas o trabalho de muitos profissionais, estão ligados à hotelaria.
Não vão faltar oportunidades para falarmos disso e espero que sugiram o que gostariam de ver por aqui.
Visitem quando quiserem, divulguem se puderem e sigam o blog clicando no botão aí ao lado.
Abs à todos.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
CHECK IN
Olá! Hoje é um dia histórico.
Entra no ar o "Guia do Hoteleiro das Galáxias".
Mostrarei os dois lados do mundo da hospedagem e turismo, um guia para você saber em que situações estará se metendo e que as faculdades correspondentes não te ensinam ou sequer dizem que podem existir.
Trabalho no Rio de Janeiro, uma cidade em que o turismo é forte e o mercado amplo. Mas aqui, a hotelaria é ingrata. Quem se deixa seduzir por essa profissão, não conhece os sacrifícios que os trabalhadores deste ramo passam, não conhecem o "backstage", o lado negro da força.
Garçons, maîtres, telefonistas, recepcionistas, camareiras, seguranças, etc, todas estas profissões estão por trás do teatro, do jogo de marionetes que é um hotel.
Um outro mundo existe por trás dos saguões dos hotéis luxuosos (e, obviamente, também dos hotéis de duas e três estrelas), restaurantes com bufês cheios de comidas com nomes pomposos e funcionários com seus cabelos arrumados, barbas bem feitas e sorrisos amarelos...
Vestiários sujos e cheios de baratas, uma escala de trabalho puxada e cansativa, patrões exploradores e sempre exigentes no quesito "qualidade", uniformes apertados e improvisados, salários cada vez mais baixos!
Nesse mundo de cinco estrelas, os quartos são arrumados por camareiras(os), gente simples e esforçada, mas que por conta da jornada de trabalho e da pressão para limpar cada vez mais e em menos tempo, varre a sujeira pra debaixo dos tapetes e trabalha como pode pra sustentar a família.
A comida que sobra daquele bufê elegante, em alguns hotéís, serve de alimento para os funcionários. Resto dos hóspedes desfarçado com o nome de "restaurante na empresa para os colaboradores".
Apesar de tantas dificuldades e situações claras de exploração e falta de respeito, estranhamente, o poder público parece ignorar essa numerosa classe de trabalhadores.
O sindicado local pouco faz, e serve somente para homologar demissões, que são constantes. Por acaso alguém já ouviu falar em greve da classe hoteleira?
Se alguém já entrou em um hotel, pode constatar os preços abusivos, quando uma garrafa (pequena!!!) de água chega a custar R$5,00 (!!!). Nem todo o valor agregado a um produto simples como uma garrafa de água (sem gás e de marca nacional) justificaria tal valor, três vezes mais que o preço naquela lanchonete da esquina. Fora os 10 ou 15% de taxa de serviço, incidente em tudo quanto é consumo.
A diária de alguns hotéis e em certas acomodações pode custar mais de R$500,00 (!!!!) para solicitações particulares. Em épocas de altíssima temporada (Carnaval e Reveillon) diárias passam facilmente dos R$1.500,00.
Sempre existirão turistas nacionais e estrangeiros dispostos a pagar esses valores. E a pergunta persiste, por que funcionários de hotéis que vivem lotados ganham menos que duas diárias de um hóspede?
No próximos posts, direi como é o salário de um hoteleiro, a rotina de quem trabalha no ramo, casos interessantes, termos hoteleiros, turistas e muito mais. Espero realmente que gostem.
Além de um desabafo pessoal, este blog é dedicado a todos que conheci nessa profissão e àqueles que, apesar de tudo, ainda querem continuar a ser hoteleiros.
Abraços à todos e obrigado pela visita.
Entra no ar o "Guia do Hoteleiro das Galáxias".
Mostrarei os dois lados do mundo da hospedagem e turismo, um guia para você saber em que situações estará se metendo e que as faculdades correspondentes não te ensinam ou sequer dizem que podem existir.
Trabalho no Rio de Janeiro, uma cidade em que o turismo é forte e o mercado amplo. Mas aqui, a hotelaria é ingrata. Quem se deixa seduzir por essa profissão, não conhece os sacrifícios que os trabalhadores deste ramo passam, não conhecem o "backstage", o lado negro da força.
Garçons, maîtres, telefonistas, recepcionistas, camareiras, seguranças, etc, todas estas profissões estão por trás do teatro, do jogo de marionetes que é um hotel.
Um outro mundo existe por trás dos saguões dos hotéis luxuosos (e, obviamente, também dos hotéis de duas e três estrelas), restaurantes com bufês cheios de comidas com nomes pomposos e funcionários com seus cabelos arrumados, barbas bem feitas e sorrisos amarelos...
Vestiários sujos e cheios de baratas, uma escala de trabalho puxada e cansativa, patrões exploradores e sempre exigentes no quesito "qualidade", uniformes apertados e improvisados, salários cada vez mais baixos!
Nesse mundo de cinco estrelas, os quartos são arrumados por camareiras(os), gente simples e esforçada, mas que por conta da jornada de trabalho e da pressão para limpar cada vez mais e em menos tempo, varre a sujeira pra debaixo dos tapetes e trabalha como pode pra sustentar a família.
A comida que sobra daquele bufê elegante, em alguns hotéís, serve de alimento para os funcionários. Resto dos hóspedes desfarçado com o nome de "restaurante na empresa para os colaboradores".
Apesar de tantas dificuldades e situações claras de exploração e falta de respeito, estranhamente, o poder público parece ignorar essa numerosa classe de trabalhadores.
O sindicado local pouco faz, e serve somente para homologar demissões, que são constantes. Por acaso alguém já ouviu falar em greve da classe hoteleira?
Se alguém já entrou em um hotel, pode constatar os preços abusivos, quando uma garrafa (pequena!!!) de água chega a custar R$5,00 (!!!). Nem todo o valor agregado a um produto simples como uma garrafa de água (sem gás e de marca nacional) justificaria tal valor, três vezes mais que o preço naquela lanchonete da esquina. Fora os 10 ou 15% de taxa de serviço, incidente em tudo quanto é consumo.
A diária de alguns hotéis e em certas acomodações pode custar mais de R$500,00 (!!!!) para solicitações particulares. Em épocas de altíssima temporada (Carnaval e Reveillon) diárias passam facilmente dos R$1.500,00.
Sempre existirão turistas nacionais e estrangeiros dispostos a pagar esses valores. E a pergunta persiste, por que funcionários de hotéis que vivem lotados ganham menos que duas diárias de um hóspede?
No próximos posts, direi como é o salário de um hoteleiro, a rotina de quem trabalha no ramo, casos interessantes, termos hoteleiros, turistas e muito mais. Espero realmente que gostem.
Além de um desabafo pessoal, este blog é dedicado a todos que conheci nessa profissão e àqueles que, apesar de tudo, ainda querem continuar a ser hoteleiros.
Abraços à todos e obrigado pela visita.
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