Olá!!
Muito trabalho, pouco tempo.
Muito estresse, pouco dinheiro.
Foi mal pelo tempo sem escrever, mas prometo colocar algo de vez em quando.
Bem-vindo de volta ao Rio, Gil.
Abs à todos.
Hoteleiro das Galáxias
domingo, 1 de agosto de 2010
Vida de gado
"Enquanto uns choram, outros vendem lenços".
Já escutei isso umas duas vezes na vida. Pode ilustrar uma situação em que figura a reclamação de uns, ditos inconformados e estacionados, e a ascensão de outros. Recurso recorrente de pessoas que respondem aos tais questionadores, que "só vivem reclamando", os chatos que dizem que nada está bom... De fato, não está. Ao meu ver, pode significar que a tristeza de uns é o trampolim de outros para seu sucesso. Dos apadrinhados, "vaselinas" e puxadores-de-saco que exploram e pisam nos colaboradores abaixo de sua função quando tem chance de subir em suas carreiras.
Existem pessoas no meio corporativo com a habilidade de administrar pelo "otimismo imposto", que mesmo com todos os problemas da empresa, recusam-se a admitir que tem algo errado, sejam problemas operacionais ou estruturais da empresa. São responsáveis por não deixar o pessimismo (ou, verdade) se espalhar, te convencendo que o errado é você e que a empresa é excelente. São ótimos argumentadores, sempre com informações privilegiadas, com respostas na ponta da lingua e (supostas) soluções para tudo. Como trabalhamos com prestação de serviços, isso é nitidamente perceptível. No gargalo da resolução de problemas, colocam os funcionários, que devem estar sempre sorridentes e satisfeitos em absorver problemas, os reais responsáveis por apagar incêncios e dar a cara a tapa aos clienteS (no caso, hóspedes!) para que estes fiquem satisfeitos em ter alguém para escutar suas agruras. "Joguem-nos aos leões!!!"
Não é exclusivo de Hotelaria, pois conheço relatos de pessoas que trabalharam em telemarketing que dizem ser a mesma coisa, e com o mesmo tipo de pessoas. O agravante é que não podemos deixar o hóspede esperando na recepção enquanto escuta uma musiquinha.
Em suma, a hotelaria no Rio é como um grande teatro de fantoches, mascarada para parecer uma grande coisa, mas que é sustentada quase que 100% pelo profissional hoteleiro, manipulado por gerentes e gestores que estão no mercado há anos e que só "largarão o osso" às vésperas de suas aposentadorias, mudando de hotel em hotel e perpetuando a cultura da escravidão do hoteleiro, que dura cada vez mais tempo e é cada vez mais cruel.
"Tudo bem... mas você só sabe reclamar, sem razão", alguns podem dizer.
Eis um fato para pensarem:
Fiz uma pesquisa sobre o salário de Recepcionista nos hotéis de 4 e 5 estrelas e achei isso...
Em julho de 2005 o salário médio era de R$1.168,00 e o salário mínimo nacional em 01/05/2005 era R$300,00. Ou seja, o salário de um Recepcionista equivalia a 3,89 salários mínimos. Hoje, agosto de 2010, a média de salário de um Recepcionista é de R$1.379,00, equivalente a 2,71 salários mínimos que, desde 01/01/2010 é de R$510,00.
A fonte dos dados foi feita com registros próprios e pesquisa com mais cinco Recepcionistas em cinco hotéis diferentes do Rio de Janeiro, que estão/estiveram nesta profissão desde então ou tem acesso aos valores dos rendimentos do cargo.
Os valores do salário mínimo estão disponíveis em http://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm#sileiro
Tudo bem que esse Governo de m**erda cria a falsa ilusão de igualdade. A boa verdade mesmo é que não são os pobres que estão melhorando de vida e sim a classe média que está piorando, pagando cada vez mais impostos e com ganhos com um cada vez menor poder de compra. Independente disso, os empresários também fazem algo parecido: ao demitirem alguém, contratam outro com salário menor e, depois desse, outro com um salário ainda menor. Demitem um gerente e admitem um chefe de setor. Um ganho pequeno pelo volume de lucro (dinheiro!!!) cada vez maior. Essa equação (espero!) vai gerar um colapso no setor num futuro não muito distante.
(...)
Lembra daquele tipo de pessoa que citei lá em cima? Pois é, também é mestre em corte de gastos (diga-se a operação de diminuir salários) e pessoal, conseguindo que um faça o serviço de dois, três funcionários ou realize funções que não são inerentes ao cargo, sem ganhar mais por isso. Otimização de serviço? Polivalência profissional? Eu chamo de exploração!
Se ainda quiser entrar nisso, boa sorte!
Já escutei isso umas duas vezes na vida. Pode ilustrar uma situação em que figura a reclamação de uns, ditos inconformados e estacionados, e a ascensão de outros. Recurso recorrente de pessoas que respondem aos tais questionadores, que "só vivem reclamando", os chatos que dizem que nada está bom... De fato, não está. Ao meu ver, pode significar que a tristeza de uns é o trampolim de outros para seu sucesso. Dos apadrinhados, "vaselinas" e puxadores-de-saco que exploram e pisam nos colaboradores abaixo de sua função quando tem chance de subir em suas carreiras.
Existem pessoas no meio corporativo com a habilidade de administrar pelo "otimismo imposto", que mesmo com todos os problemas da empresa, recusam-se a admitir que tem algo errado, sejam problemas operacionais ou estruturais da empresa. São responsáveis por não deixar o pessimismo (ou, verdade) se espalhar, te convencendo que o errado é você e que a empresa é excelente. São ótimos argumentadores, sempre com informações privilegiadas, com respostas na ponta da lingua e (supostas) soluções para tudo. Como trabalhamos com prestação de serviços, isso é nitidamente perceptível. No gargalo da resolução de problemas, colocam os funcionários, que devem estar sempre sorridentes e satisfeitos em absorver problemas, os reais responsáveis por apagar incêncios e dar a cara a tapa aos clienteS (no caso, hóspedes!) para que estes fiquem satisfeitos em ter alguém para escutar suas agruras. "Joguem-nos aos leões!!!"
Não é exclusivo de Hotelaria, pois conheço relatos de pessoas que trabalharam em telemarketing que dizem ser a mesma coisa, e com o mesmo tipo de pessoas. O agravante é que não podemos deixar o hóspede esperando na recepção enquanto escuta uma musiquinha.
Em suma, a hotelaria no Rio é como um grande teatro de fantoches, mascarada para parecer uma grande coisa, mas que é sustentada quase que 100% pelo profissional hoteleiro, manipulado por gerentes e gestores que estão no mercado há anos e que só "largarão o osso" às vésperas de suas aposentadorias, mudando de hotel em hotel e perpetuando a cultura da escravidão do hoteleiro, que dura cada vez mais tempo e é cada vez mais cruel.
"Tudo bem... mas você só sabe reclamar, sem razão", alguns podem dizer.
Eis um fato para pensarem:
Fiz uma pesquisa sobre o salário de Recepcionista nos hotéis de 4 e 5 estrelas e achei isso...
Em julho de 2005 o salário médio era de R$1.168,00 e o salário mínimo nacional em 01/05/2005 era R$300,00. Ou seja, o salário de um Recepcionista equivalia a 3,89 salários mínimos. Hoje, agosto de 2010, a média de salário de um Recepcionista é de R$1.379,00, equivalente a 2,71 salários mínimos que, desde 01/01/2010 é de R$510,00.
A fonte dos dados foi feita com registros próprios e pesquisa com mais cinco Recepcionistas em cinco hotéis diferentes do Rio de Janeiro, que estão/estiveram nesta profissão desde então ou tem acesso aos valores dos rendimentos do cargo.
Os valores do salário mínimo estão disponíveis em http://www.portalbrasil.net/salariominimo.htm#sileiro
Tudo bem que esse Governo de m**erda cria a falsa ilusão de igualdade. A boa verdade mesmo é que não são os pobres que estão melhorando de vida e sim a classe média que está piorando, pagando cada vez mais impostos e com ganhos com um cada vez menor poder de compra. Independente disso, os empresários também fazem algo parecido: ao demitirem alguém, contratam outro com salário menor e, depois desse, outro com um salário ainda menor. Demitem um gerente e admitem um chefe de setor. Um ganho pequeno pelo volume de lucro (dinheiro!!!) cada vez maior. Essa equação (espero!) vai gerar um colapso no setor num futuro não muito distante.
(...)
Lembra daquele tipo de pessoa que citei lá em cima? Pois é, também é mestre em corte de gastos (diga-se a operação de diminuir salários) e pessoal, conseguindo que um faça o serviço de dois, três funcionários ou realize funções que não são inerentes ao cargo, sem ganhar mais por isso. Otimização de serviço? Polivalência profissional? Eu chamo de exploração!
Se ainda quiser entrar nisso, boa sorte!
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